terça-feira, 8 de janeiro de 2013

O FAZER PEDAGÓGICO MEDIANTE O CONVÍVIO COM AS "ALTAS HABILIDADES"



Vários são os perfis que delineiam os alunos com "Altas Habilidades"


Os pais e familiares que convivem com alguma criança portadora de altas habilidades/superdotação sabe que, um dos maiores desafios que esbarram no convívio social é o escolar, justamente pela diversidade de personalidades e o padrão uniforme que são orientados a seguir.

Estou trazendo um texto escrito por Vânia Duarte, graduada em Letras, que faz parte da equipe da Brasil Escola, onde contem alguns esclarecimentos a respeito do atendimento educacional especial que tais alunos necessitam nas escolas em que estudam, afirmando o seguinte:

Conviver com a heterogeneidade no ambiente escolar é fato, todo educador diante de seu laborioso exercício profissional tem consciência dessa questão. Contudo, há que se mencionar um aspecto relevante – o fato de o educador estar preparado ou não para conviver com tais diferenças, sobretudo com aqueles alunos que apresentam necessidades especiais.

Partindo dessa perspectiva, propomos-nos a discorrer, de forma específica, sobre aqueles alunos com altas habilidades que, uma vez se destacando entre os demais, precisam ser estimulados a fim de que desenvolvam seus talentos e, sobretudo, mantenham o interesse pela escola

Caso isso não ocorra, o que se pode esperar é até mesmo a evasão.

Mas como detectar tais características neste ou naquele aluno?

Segundo a opinião de especialistas, os “atores” desse palco podem ser dotados de vários perfis, desde o mais tímido, passando por aquele considerado o braço direito da professora, até o mais peralta possível

Normalmente, não dispõem de habilidades múltiplas, ou seja, o que de fato os diferencia é exatamente aquela afinidade para uma determinada área do conhecimento. Diante desse quadro, uma percepção mais aguçada por parte do educador, embora não seja uma tarefa assim tão fácil, pode levá-lo a desconfiar de um aluno assim

Pode-se dizer que as atitudes são demarcadas pela aquisição de vocabulário mais avançado, se comparado à maioria da turma, pela repulsa a atividades rotineiras, por um instinto um tanto quanto perfeccionista, por mostrarem-se contestadores ao extremo, entre outras.

Estatísticas atestam que pelo menos 5% da população possui tal tendência. Para tanto, como iniciativa de fomento a esse público, o Ministério da Educação (MEC), em 2005, criou Núcleos de Atividades de Altas Habilidades (NAAH/S) em todos os estados. 

Ainda que deficitários, esses órgãos promovem auxílio às escolas mediante a constatação de alunos com esse perfil. Como suporte, eles obrigatoriamente indicam uma psicopedagoga para realizar o diagnóstico e, se constado for, encaminham o aluno ao programa oficial de estímulo, encarregado de oferecer atividades extraclasses e orientações para o professor e a família. 

Assim, conforme dito, não é sempre que as evidências são facilmente identificáveis, razão pela qual a necessidade de o educador estar preparado profissionalmente para isso revela-se por demais contundente. 

Nesse sentido, o MEC apresenta algumas estratégias que podem direcionar a execução de tal intento, ora manifestadas por questões básicas, entre as quais destacamos:

* Verificar se o aluno aprende fácil e de modo rápido;

* Detectar se ele se mostra sempre informado, inclusive no que tange a áreas incomuns;

* Constatar se ele se adapta com facilidade a novas situações e a novos ambientes; 

* Avaliar se apresenta habilidade no campo das artes, sobretudo a aptidão para a música, dança, desenho, entre outras;

Enfim, essas são apenas algumas das múltiplas possibilidades, que se exploradas forem, representam a riqueza de uma preciosidade bem lapidada e pronta para reluzir


Como bem nos apontam as palavras de Denise Fleith, professora do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB), no que concerne ao fazer pedagógico do educador:

“Ele pode e deve apresentar ao aluno caminhos para o desenvolvimento de seu potencial, desde materiais para pesquisa até contatos de estudiosos dos assuntos”.


Fonte: http://educador.brasilescola.com/sugestoes-pais-professores/o-fazer-pedagogico-mediante-convivio-com-as-altas.htm

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